Cópia de Avaliação de Sistema Agroflorestal de Pinus Elliottii Com Espécies Forrageiras de Verão

Grupos/Linhas de pesquisa:
Sistemas Técnicos de Produção Agropecuária/ Diagnóstico e concepção de sistemas técnicos de produção vegetal e animal

Duração: 01/07/2013 até 26/06/2015

Participantes:

Resumo:

Os “Sistemas agroflorestais (SAF’S) expressam um nome coletivo para sistemas de uso da terra e tecnologias, onde espécies perenes e lenhosas são deliberadamente usadas nas mesmas unidades de manejo juntamente com culturas agrícolas temporárias e ou animais em alguma forma de arranjo espacial ou sequência temporal. Nos SAF’S há interações ecológicas e econômicas entre os diferentes componentes” (ICRAF, 1991), podendo alcançar bons níveis de sustentabilidade nos aspectos Agronômico, Econômico, Social e Ecológico (SCHREINER, 1994). SÁNCHEZ (2001) relata também melhora da qualidade da forrageira disponível aos animais, quando cultivadas sob as árvores. Mudanças nos extremos dos elementos meteorológicos, temperatura, umidade e radiação solar, contribuem para um microclima mais adequado para produtividade dos componentes do SAF, especialmente o forrageiro e, por conseguinte, do sistema de criação. Além disto, no período do verão a disponibilidade de áreas sombreadas nas propriedades tende a ser pequena, o que pode causar desconforto térmico aos animais menos adaptados (LEME et al., 2005); portanto, o SAF pode se traduzir em maior desempenho produtivo e reprodutivo dos animais, por contribuir para o melhor bem estar destes (ALVES, 2012). Conforme MAIXNER (2006), a redução de 53% na precipitação normal determinou menor produção forrageira de Tifton e Capim elefante anão em estudo conduzido no noroeste do RS; no entanto, se observou elevados índices de produtividade animal quando empregada estas pastagens. Destaca-se, também, que estudos com espécies forrageiras, tanto de clima temperado como tropical em SAF’s são escassos no RS. Neste sentido, a implantação, crescimento e determinação da produção das espécies forrageiras, bem como das alterações microclimáticas que possam favorecer o conforto térmico aos animais são de extrema importância; integrando um complexo sistema e a compreensão destas relações é determinante para o entendimento das práticas agronômicas a serem adotadas visando uma exploração econômica e ambiental sustentável (DANIEL et al. 1999). Condições de baixa precipitação aliada a efeitos das altas temperaturas, denominado de estresse calórico, comprometem o conforto animal, bem como seu desempenho (FERREIRA et al., 2006), especialmente no RS, onde as raças produtoras de leite são de origem européia e as altas temperaturas durante o verão podem determinar redução na produtividade de leite. Portanto, a produção sob SAF pode contribuir para um melhor conforto térmico e para a manutenção dos níveis de produtividade leiteira. Todavia, este sistema de criação somente logrará o êxito necessário se houver adequada produção forrageira em regimes sombreados, testando devidamente o potencial produtivo de um conjunto de espécies forrageiras usualmente empregadas nos sistemas de criação com pastejo a campo. O SAF, neste projeto, caracteriza-se por uma área cultivada com Pinus elliottii, de seis anos, na qual se pretende implantar espécies forrageiras perenes de verão. Este propósito deve-se que a região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul vem se constituindo como um importante pólo de produção leiteira, sendo hoje a maior bacia leiteira do Estado, respondendo por 16% do leite produzido, normalmente integrada à produção de grãos, determinando uma concorrência por área, tendo em vista que a maioria das propriedades familiares tem área inferior a 50 ha. Ao integrar a produção de forragens às áreas florestais pode-se reduzir sensivelmente a pressão sobre as áreas de produção de grãos e otimizar a produção leiteira pela melhor ambiência proporcionada aos animais. O projeto objetiva avaliar o crescimento de forrageiras perenes de verão, cultivadas em sistema agroflorestal, no município de Augusto Pestana, região Noroeste do Rio Grande do Sul, avaliando a implantação, crescimento e produção das forragens em sistemas forragem-floresta, medindo e acompanhando o crescimento da espécie florestal e a ciclagem de nutrientes no sistema.

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.